terça-feira, 18 de março de 2014

Mãe de 2 dms1 !!!! Continuação da homenagem ao dias das Mães!

Gente!!! Que falha terrível, eu confundi as datas do dia das mulheres com dia das mães!!!!

As homenagens continuam mesmo assim!!! Mamães pâncreas merecem serem lembradas todos os dias!!!

Segue o depoimento da mamãe Aline Rodrigues de Macaé, Rio de Janeiro!

  Olá meu nome e Aline eu tenho três filhos o Lucca de 14 anos e os gêmeos de 2 anos e 6 meses. Hoje vou contar pra vocês um pouquinho da nossa historia como descobrimos a diabetes dos gêmeos e como vivemos com ela.



Como meu filho mais velho já tinha 11 anos decidimos que queríamos outro filho pra encerrar. Bem em janeiro de 2011 descobri que estava grávida antes de um mês que eram gêmeos um susto, comecei logo pré-natal.



Gravidez tranqüila bem assistida quando com quase oito meses os apressadinhos resolveram nascer foram 12 dias de UTI, mas graças há Deus, nada muito grave, o que pra uma mãe, eu acho que isso não existe. Bem, por ai já foi tudo muito novo e diferente do filho mais velho.



Bem, fomos adaptando aprendendo nos conhecendo cada dia um novo eu me sentia uma heroína, pois muitas vezes cuidava deles sozinha meu marido no trabalho eu não tinha ninguém comigo e assim fomos vivendo nossa vida ate que no final do ano de 2012 eu tive uns problemas que mudaram bastante minhavida.



Nossa rotina, as crianças começaram a adoecer e assim foi natal e ano novo. Na segunda semana de janeiro de 2013 foram quatro dias seguidos indo a prontos socorros vários diagnósticos desidratação, pneumonia, virose, com um dos gêmeos o Ítalo completamente prostrado não queria levantar mais eu não

tinha mais lagrimas pra chorar ate que nos quatro dias relatei tudo a
medica novamente e essa pediu um exame de sangue quando veio o resultado
ela me chamou e disse: “mãe deu açúcar no sangue” foi quando fui associar toda sede e xixi e na hora me veio à palavra DIABETES na cabeça e as lagrimas desceram, meu estomago embrulhou eu não sabia o que fazer e a medica nem tinha me falado nada ainda a enfermeira foi ate a maca que estava meu filho com um aparelho na mão furou o seu dedinho pegou seu sanguinho e saiu eu perguntava a ela quanto tinha dado e ela só me respondia a medica vai falar com a senhora mãe fica calma percebi certa agitação, pois estávamos numa emergência pediátrica a medica me chamou e disse que teríamos que ir pro hospital municipal pra fazer mais exames e ter mais amparo que ali ele não teria a ambulância já estava a caminho ela me disse o dextro deu HI.


 Eu não fazia idéia do que era isso, mas tinha certeza de que não era algo bom.


Bem, fomos para o hospital passamos a noite na unidade intensiva ele sendo monitorado furado de uma e uma hora colhendo xixi, muitos fios, aparelhos tantas tentativas de tirar sangue dele em vão não agüentava mais ver a agonia do meu filho tão indefeso que nem sabia falar chorava gritava estendia os braços implorando pra que eu o pegasse minha vontade era de pegá-lo e dizer acabou meu filho pronto vamos pra casa, mas eu não sabia nada do que me esperava foi à madrugada mais longa que já tive logo pela manha as medicas vieram conversaram comigo eu não conseguia entender o que elas diziam.


Simples assim, eu não compreendia quando o nutricionista veio falar comigo sobre o que iríamos dar pra ele comer eu simplesmente engasguei ele foi muito atencioso trouxe varias opções depois do café, vieram outras medicas da UTI de adultos e me perguntou o que estava acontecendo.



Eu disse que tinha acabado de descobrir que meu filho estava diabético e ela disse: por que você esta assim mãe? É só diabetes! Nossa, eu fiquei muito brava e muito mais triste com a frieza daquela mulher, mas com o tempo eu posso concordar com ela fomos para o quarto passamos 15 dias no hospital num malabarismo que parecia não ter fim entre hipos e hiper aprendi a aplicar as insulinas não tive medo de furar meu filho, pois era pro bem dele e o quanto antes aprendesse quem sabe antes iríamos embora.


Conheci uma enfermeira que tinha ficado diabética há seis meses ele me ajudou muito fiz uma amiga no hospital que tenho contato ate hoje bem tivemos alta do hospital sem controle nenhum, pois parecia que não ia ter jeito as refeições nunca chegavam no horário no hospital o menino sempre passando mal já não aceitava mais a alimentação de lá decidimos ir pra casa eu ia uma vez por semana no centro de referencia ao diabético da minha cidade passei sustos terríveis em casa com ele com severa, convulsão hospital ate que trocamos de insulinas.

Nada como um dia após o outro. Fui aprendendo a ver meu filho com outros olhos, e se já prestava atenção neles agora tinha redobrado aprendendo a perceber os sinais que ele me dava os sintomas que ele iria ter com as após e hiper fomos criando uma rotina nos organizando o melhor que podíamos e com sete meses de diagnostico de Ítalo veio o diagnostico de Davi.

Davi começou a apresentar alguns sintomas emagrecimento e muito xixi foram os principais eu sempre fazia exames dele também e em setembro fiz exames dos dois e veio a confirmação, chorei, fiquei triste mas bola pra frente liguei pra medica ela pediu pra levar no consultório no outro dia, mas mãe sabe como é!

 Antes de dar janta pra eles fiz o dextro nos dois e um susto Davi com HI, corre pro hospital passamos a noite em observação no dia seguinte começamos a insulina e como eu já estava um pouco experiente foi mais tranqüilo e hoje estamos assim, eles tentado conseguir melhorar essa alimentação não querem comer legumes e nem frutas só batido ou então só banana mas graças a Deus são levados, brincam, brigam choram que não querem tomar ¨memedio¨(insulinas) depois tomam numa boa fazer o destro e  super  tranqüilo antes eu tinha medo de sair, colocava muitos obstáculos tem que levar insulinas e se passarem mal etc... Aprendi que eles são crianças normais que precisam de cuidados e de vida e de brincar e se eu pensasse assim como poderia querer que as outras pessoas pensassem diferente. A diabetes mudou a nossa vida a nossa rotina os nossos horários a nossa alimentação e pra  melhor ela não acabou com a nossa vida aprendemos a viver com ela!

Aline, o que dizer? Tantas idas a procura de um diagnóstico e graças que você encontrou antes que fosse tarde! Enxergar que a vida continua, que são crianças e aceitar isso tudo, acredito que aí está a chave do sucesso, de um bom controle, de uma boa educação em diabetes. Parabéns pela sua garra! Como tantas mamães pâncreas!!! E muito obrigada por colaborar com sua história!

Quer você também enviar o seu depoimento? Será um prazer!!!!
Linda Família Aline!

Sapequinhas lindos! Saúde sempre



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