terça-feira, 24 de junho de 2014

Cânula de 13mm colocação MANUAL!

E lá vou eu falar de cânula.

O negócio é o seguinte, já obtivemos uma melhora com o uso  da cânula de angulação de 90 graus e colocação automática passando da 08mm para a 06mm. Mas isso não garantiu melhores glicemias e nem um diazinho a mais de uso. Trocamos dia sim, dia não. Com o uso da 06mm somente uma vez houve dobra na cânula. aqui!

O rodízio é feito no flanco e no abdômen. Por sugestão da endocrinologista, da educadora e da nutricionista, foi solicitado testar a cânula de 13mm com colocação manual que tem um angulo de até 45 graus. A endócrina Dr Tania Mazzuco nos alertou que a absorção da insulina não estava correta, devida  a pouca quantidade de tecido adiposo e que se colocássemos numa angulação diferente, teríamos melhores resultados (assim iria ficar bem na gordurinha e não ultrapassar, como a com angulação de 90 graus estava fazendo e muitas vezes atingindo o músculo). Essa também era a opinião da educadora e da nutricionista.

Mas, sair de uma de 06mm para uma de 13mm, e ,eu ter que colocar? Ah, que difícil!


Enfim, chegaram as cânulas tenderlink e 13mm e de 17mm. Utilizamos a de 13mm, a educadora veio até em casa, nos repassou como fazer e fizemos.

Passamos a pomada anestésica, esperamos ele dormir e foi!



Notamos que as glicemias ficaram mais baixas e dentro das metas propostas, com diminuição de 10% na dose basal, e ficou assim por 5 dias, onde apareceram as glicemias mais altas. 



Não é recomendado ficar mais de 3 dias com a cânula no mesmo local (risco de lipodistrofia - o que já aconteceu no abdômen parte inferior do Enzo por utilizar mais o mesmo local), e assim aconteceu na troca por outra desse mesmo modelo.

Sim, era problema de absorção mesmo, pois durante o uso da tenderlink no flanco, devemos diminuir em 10% a basal. Não usamo no abdômen, pois não há quantidade de tecido adiposo para que fique em segurança.

Quero nas férias testar no braço, mas o Enzo ainda não quer. Veremos!


O medo da colocação passou, e ele apelidou de cânula do peixinho (pelo formato dela) e está preferindo essa à de 06mm no abdômen.

Nem se mexe! Usei a pomada Emla nos dois videos!!! Esse sem estresse!!!!


Entramos com atualização de insumos para receber também essa cânula.

É isso, para você que ainda tem receio, fica minha sugestão, TESTE!

E aqui vou postar um vídeo do comportamento do Enzo quando precisamos trocar a cânula quando ele esta acordado. É o mesmo comportamento com as duas cânulas, e acreditem em mim, ao desligar a câmera, ele já estava brincando e sem reclamar de mais nada. Esse estresse todo, atrapalha muito, ele contrai a musculatura... enfim... meu coração fica pequenininho mas temos que fazer, prefiro, e ele também, a troca dormindo. (Ele chora e grita não assustem, rs!)




Beijos!


Adequar o tratamento sempre! Adolescência

Olá! A pouco fui marcada num post, pela Valéria, pedi desculpas a ela, pois não me lembrava da conversa em si.


Gente, o melhor tratamento para seu diabetes é aquele em que você faz parte, consegue realizar sem afetar tanto o cotidiano e as glicemias.


A família chegar ao numa nova proposta, reavaliar os pós e contras, naquele momento, é primordial para o sucesso do tratamento.


E assim a Valéria Frisina mãe da Amanda conta em seu depoimento ao Grupo Bate Papo Diabetes,  e compartilha conosco aqui pelo blog!

Minha filha tem diabetes desde 8. Está com 15. Estamos em uma fase de grandes mudanças que necessita de grandes adaptações. Gostaria de compartilhar com vocês (Tambem a pedido da Fernanda Carrasco Bela Brizzi).




Primeiro: nossa filha pediu para retirar a bomba (conversamos e achamos que era um direito dela). Ficou mais sujeita a hipos.


 Segundo: hormônios de crescimento (q aumentam as glicemias à noite) já começam a baixar nesta fase - glicemias estão despencando a noite. 

Terceiro: época de preocupação estética - está comendo bem menos. 

Quarto: esquece de fazer glicemias pois a correria do colegial e distração que é comum na adolescência pegam bastante.

 Quinto: está tão acostumada a fazer os bolus de insulina que começa a fazer direto sem contar carboidrato certinho como antes - na maioria acerta, mas fica sujeita a erros algumas vezes. 

Enfim, apesar dela ser super disciplinada (de verdade), tivemos vários sustos este ano. Em um deles, ela estava inconsciente de manhã e tivemos que usar o glucagon. Sempre jogamos fora glucagon vencido, mas nunca deixamos de ter na geladeira, graças a Deus! Ela abria os olhos, mas não nos entendia, não falava, não conseguia tomar o sachê de açúcar líquido. O glucagon resolveu e ela ainda foi para a escola!




Percebemos que, no nosso caso, nossa ajuda (pais) voltou a ser necessária (ela já fazia tudo sozinha). 


Ajudamos a lembrá-la de fazer as glicemias (por exemplo quando ela chega correndo para almoçar e tem q voltar logo para a escola), acordamos de madrugada alguns dias para chamá-la a fazer glicemias; ao longo do dia conversamos sobre bolus, correções, etc. 

E, é claro, estamos ajustando o basal com a ajuda da endocrinologista. Em nenhum momento estamos tirando dela a responsabilidade de se cuidar e ela é bem consciente sobre isto, mas estamos oferecendo ajuda nesta fase e ela tem aceitado bem nossa ajuda. Imagino que seja uma fase de transição, mas que requer atenção e o apoio da família é sempre muito bem-vindo!

Obrigada Valéria por partilhar sua experiência!

E, sim a família, o apoio sempre é necessário! Parabéns pela coragem em rever o tratamento e adequar a realidade de vocês. 

Também não sei até quando será bom para o meu filho, o nosso tratamento atual. Mas quando não for, com certeza reavaliaremos!!!

Saúde e vida longa a Amanda, e a sua família que é parte integral no apoio.