terça-feira, 18 de março de 2014

Mãe de 2 dms1 !!!! Continuação da homenagem ao dias das Mães!

Gente!!! Que falha terrível, eu confundi as datas do dia das mulheres com dia das mães!!!!

As homenagens continuam mesmo assim!!! Mamães pâncreas merecem serem lembradas todos os dias!!!

Segue o depoimento da mamãe Aline Rodrigues de Macaé, Rio de Janeiro!

  Olá meu nome e Aline eu tenho três filhos o Lucca de 14 anos e os gêmeos de 2 anos e 6 meses. Hoje vou contar pra vocês um pouquinho da nossa historia como descobrimos a diabetes dos gêmeos e como vivemos com ela.



Como meu filho mais velho já tinha 11 anos decidimos que queríamos outro filho pra encerrar. Bem em janeiro de 2011 descobri que estava grávida antes de um mês que eram gêmeos um susto, comecei logo pré-natal.



Gravidez tranqüila bem assistida quando com quase oito meses os apressadinhos resolveram nascer foram 12 dias de UTI, mas graças há Deus, nada muito grave, o que pra uma mãe, eu acho que isso não existe. Bem, por ai já foi tudo muito novo e diferente do filho mais velho.



Bem, fomos adaptando aprendendo nos conhecendo cada dia um novo eu me sentia uma heroína, pois muitas vezes cuidava deles sozinha meu marido no trabalho eu não tinha ninguém comigo e assim fomos vivendo nossa vida ate que no final do ano de 2012 eu tive uns problemas que mudaram bastante minhavida.



Nossa rotina, as crianças começaram a adoecer e assim foi natal e ano novo. Na segunda semana de janeiro de 2013 foram quatro dias seguidos indo a prontos socorros vários diagnósticos desidratação, pneumonia, virose, com um dos gêmeos o Ítalo completamente prostrado não queria levantar mais eu não

tinha mais lagrimas pra chorar ate que nos quatro dias relatei tudo a
medica novamente e essa pediu um exame de sangue quando veio o resultado
ela me chamou e disse: “mãe deu açúcar no sangue” foi quando fui associar toda sede e xixi e na hora me veio à palavra DIABETES na cabeça e as lagrimas desceram, meu estomago embrulhou eu não sabia o que fazer e a medica nem tinha me falado nada ainda a enfermeira foi ate a maca que estava meu filho com um aparelho na mão furou o seu dedinho pegou seu sanguinho e saiu eu perguntava a ela quanto tinha dado e ela só me respondia a medica vai falar com a senhora mãe fica calma percebi certa agitação, pois estávamos numa emergência pediátrica a medica me chamou e disse que teríamos que ir pro hospital municipal pra fazer mais exames e ter mais amparo que ali ele não teria a ambulância já estava a caminho ela me disse o dextro deu HI.


 Eu não fazia idéia do que era isso, mas tinha certeza de que não era algo bom.


Bem, fomos para o hospital passamos a noite na unidade intensiva ele sendo monitorado furado de uma e uma hora colhendo xixi, muitos fios, aparelhos tantas tentativas de tirar sangue dele em vão não agüentava mais ver a agonia do meu filho tão indefeso que nem sabia falar chorava gritava estendia os braços implorando pra que eu o pegasse minha vontade era de pegá-lo e dizer acabou meu filho pronto vamos pra casa, mas eu não sabia nada do que me esperava foi à madrugada mais longa que já tive logo pela manha as medicas vieram conversaram comigo eu não conseguia entender o que elas diziam.


Simples assim, eu não compreendia quando o nutricionista veio falar comigo sobre o que iríamos dar pra ele comer eu simplesmente engasguei ele foi muito atencioso trouxe varias opções depois do café, vieram outras medicas da UTI de adultos e me perguntou o que estava acontecendo.



Eu disse que tinha acabado de descobrir que meu filho estava diabético e ela disse: por que você esta assim mãe? É só diabetes! Nossa, eu fiquei muito brava e muito mais triste com a frieza daquela mulher, mas com o tempo eu posso concordar com ela fomos para o quarto passamos 15 dias no hospital num malabarismo que parecia não ter fim entre hipos e hiper aprendi a aplicar as insulinas não tive medo de furar meu filho, pois era pro bem dele e o quanto antes aprendesse quem sabe antes iríamos embora.


Conheci uma enfermeira que tinha ficado diabética há seis meses ele me ajudou muito fiz uma amiga no hospital que tenho contato ate hoje bem tivemos alta do hospital sem controle nenhum, pois parecia que não ia ter jeito as refeições nunca chegavam no horário no hospital o menino sempre passando mal já não aceitava mais a alimentação de lá decidimos ir pra casa eu ia uma vez por semana no centro de referencia ao diabético da minha cidade passei sustos terríveis em casa com ele com severa, convulsão hospital ate que trocamos de insulinas.

Nada como um dia após o outro. Fui aprendendo a ver meu filho com outros olhos, e se já prestava atenção neles agora tinha redobrado aprendendo a perceber os sinais que ele me dava os sintomas que ele iria ter com as após e hiper fomos criando uma rotina nos organizando o melhor que podíamos e com sete meses de diagnostico de Ítalo veio o diagnostico de Davi.

Davi começou a apresentar alguns sintomas emagrecimento e muito xixi foram os principais eu sempre fazia exames dele também e em setembro fiz exames dos dois e veio a confirmação, chorei, fiquei triste mas bola pra frente liguei pra medica ela pediu pra levar no consultório no outro dia, mas mãe sabe como é!

 Antes de dar janta pra eles fiz o dextro nos dois e um susto Davi com HI, corre pro hospital passamos a noite em observação no dia seguinte começamos a insulina e como eu já estava um pouco experiente foi mais tranqüilo e hoje estamos assim, eles tentado conseguir melhorar essa alimentação não querem comer legumes e nem frutas só batido ou então só banana mas graças a Deus são levados, brincam, brigam choram que não querem tomar ¨memedio¨(insulinas) depois tomam numa boa fazer o destro e  super  tranqüilo antes eu tinha medo de sair, colocava muitos obstáculos tem que levar insulinas e se passarem mal etc... Aprendi que eles são crianças normais que precisam de cuidados e de vida e de brincar e se eu pensasse assim como poderia querer que as outras pessoas pensassem diferente. A diabetes mudou a nossa vida a nossa rotina os nossos horários a nossa alimentação e pra  melhor ela não acabou com a nossa vida aprendemos a viver com ela!

Aline, o que dizer? Tantas idas a procura de um diagnóstico e graças que você encontrou antes que fosse tarde! Enxergar que a vida continua, que são crianças e aceitar isso tudo, acredito que aí está a chave do sucesso, de um bom controle, de uma boa educação em diabetes. Parabéns pela sua garra! Como tantas mamães pâncreas!!! E muito obrigada por colaborar com sua história!

Quer você também enviar o seu depoimento? Será um prazer!!!!
Linda Família Aline!

Sapequinhas lindos! Saúde sempre



sábado, 1 de março de 2014

SUS liberar Levemir e Lanthus? Consulta Pública CONITEC


Consulta Pública da CONITEC/SCTIE Nº1/2014


Recomendação sobre proposta de incorporação das insulinas análogas para o tratamento da Diabetes  Mellitus tipo I. 


Está em consulta publica a incorporação dos análogos de insulina para o tratamento do diabetes tipo1 e 2, mas eles não encontraram evidencias cientificas que os análogos tem algo melhor para beneficiar os pacientes do que a NPH, segue a minha experiencia com a NPH com o Enzo.


NPH X DETEMIR X LISPRO


O que tenho a dizer, no inicio do diagnóstico do Enzo, a insulina utilizada foi a NPH N e a novorapid.

Fazendo glicemias de hora em hora, pois uma criança com 1 ano e 11 meses oscilava de hora em hora a glicemia, sendo sujeito a alimentá-lo forcadamente para evitar as hipoglicemias. Hora em 400mg/dl, dali a duas horas 40mg/dl, logo depois 300mg/dl e dali a pouco 60mg/dl.

Falávamos com o medico todos os dias e nem ele conseguia nos dizer o que fazer, pois essa insulina faz um pico de ação, e nesse pico e durante a queda tínhamos que dar comida com açucar para poder segurar as glicemias. Diminuir a dose não diminuía esse efeito na hora do pico. O estress gerado por todos quando ele tao pequeno não aguentava mais comer para manter a glicemia era tremendo. Eu fiquei praticamente 3 meses só cochilando nas madrugada, onde havia mais um pico de ação dessa insulina.


Depois de relatar para o médico a dificuldade em fazer comer coisas doces, uma criança que tinha tido pouca exposição  ao açúcar, na madrugada, refrigerante, colheradas de açúcar, as vezes chegava a fazer vômito, mas tinha que fazer comer, o médico decidiu alterar para Levemir.

Fora as outras pessoas que vendo o nosso desespero em fazer comer, ainda vinham questionar como ainda dávamos açucar para um diabético

E bendita Levemir, sem pico de ação, se mantendo estável por 18 horas, foi mais fácil fazer o controle da alimentação, ainda assim estressante quando se precisava corrigir uma hipoglicemia na madrugada, pois é nesse momento que eu tenho mais medo da hipoglicemia. 

O melhor tratamento para meu filho, para nós, é a bomba de insulina onde é possível regular a dosagem da insulina hora a hora, e permitir desligar a bomba caso um hipoglicemia aconteça, o que existe, em menor quantidade.

Eu acredito que a insulina NPH é muito agressiva para crianças e adolecentes e com recente diagnóstico. Os pais estão desnorteados, as informações são impotentes e as crianças ficam com oscilações tremendas, acontece as oscilações de hormônios, querer ou não comer, estar doente, viroses, gripes, tudo isso reflete imediatamente na glicemia e utilizando a NPH o risco da hipoglicemia é iminente, na minha opinião.

As crianças mal conseguem falar o que sentem para que os pais possam acudir no momento de hipoglicemia.

Nós temos o comprometimento com o tratamento do nosso filho. Somos educados para o tratamento do diabetes tipo 1. Foi dificil encontrar essas informações diretamente dos profissionais que mal tem tempo de ouvir seus pacientes. Pois essa educação requer conhecimento especifico do paciente. Como cada um rage e tem o organismo diferente.

Requer tempo para reconhecer os fatores de sensibilidade, encontrar os periodos do dia que fica mais nitido as hipoglicemias ou hiperglicemias.


Essa foi a minha experiencia com a NPH e realmente não desejo que nenhuma família passe os medos que passei com a utilização dessa insulina. A NPH vai abranger os paciente que tem um mal conhecimento, nao tem  educação em relação ao tratamento e simplesmente tomam o medicamento e que tem disponivel imediamente na rede pública, restringir a dieta, restringir a vida, correções fixas, diminuindo a diversidade de vida, e assim a diabetes se torna um sentença de sequelas na idade avançada.

E porque os diabéticos tipo 2 ficariam sem essas insulinas? A qualidade de vida iria melhorar e a sobrevida aumentar sem a sentença de sequelas.

Segue os critérios para utilização dos Análogos das Insulinas pela Sociedade Brasileira de Diabetes, Endocrinologia e Pediatria. (contribuição Débora Aligieri)


O prazo se encerra em 10/03 . . . faca sua parte! Aqui esta o formulário para o diabetes tipo 1 para Contribuir com a Consulta Pública
Formulario para diabetes tipo 1

Aqui esta o formulário para o diabetes tipo 2 para Contribuir com a Consulta Pública
Formulario para daibetes tipo 2


Preencha e envie, para que o Conitec saiba o que acontece com a nossa realidade.


terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Mamãe e suas 3 lindas filhas DM1 !!!!! 1 Homenagem ao dia das Mamães.

Vou começar a homenagem a mamãe Regiany que é mãe de 3 lindas meninas diagnosticadas com diabetes tipo 1. Espero que esse exemplo possa auxiliar outras mamães que se encontram perdidas nos cuidados de seus únicos filhos, como eu!





Não temos diabéticos na família, a Sofia foi muito desejada, tive uma gravidez muito tranquila não tive diabetes gestacional, ela nasceu linda.

Passado algum tempo engravidei novamente da Lilian, ela tava doida por causa da irmã que iria chegar gravidez tranquila só que passados 5 dias de nascida ela apresentou doença hemorrágica do recém-nascido (ela estava sem coagulação no corpo), depois bronquiolite, refluxo todos muito grave a Sofia ficou muito abalada.

 Passados 3 meses a Sofia começou a ficar chorona reclamava de dor na barriga, tomava muita água, fazia xixi a toda hora e passou a não andar porque reclamava que estava com dor nas pernas. Depois de 3 dias fiz um exame de urina por minha conta deu alteração, no outro dia fiz o exame de sangue esta com 240, na minha cidade não temos endócrino.

Fui ao pediatra ele a deixou somente com 2 refeições sem medicação alguma, eu não sabia nada sobre diabetes, depois de um dia vi que aquilo não estava certo porque em vez de melhorar ela só piorou, com muito custo consegui um endócrino.

Depois de ele prescrever a insulina, foi à mesma coisa de jogar água no fogo, ela já estava brincando e correndo. A Lilian depois dos problemas todos que ela teve ao nascer, ela era muito inquieta não dormia direito, chorona e não achava aquilo normal, quando faltava 1 mês para ela fazer 2 anos, começou a tomar uma garrafinha de 500ml de água e ficar no colo, fiz  o anti-gad e peptideo C, deu que estava com 79 porcento do funcionamento do pâncreas, o endócrino prescreveu glimiperida e ainda no momento não irá precisar de insulina, mas estou com a receita. 

 Depois disto a Lilian mudou por completo ficou mais calma passou a dormir melhor. E com 5 anos começou a usar a insulina .

A Ariela quando, estava grávida, o medico me disse se ela fosse menina teria 90 por cento de chance de ela ser diabética, mas como mãe, acreditava que não teria esta possibilidade.

Quando ela fez um aninho ela começou a tomar água desesperadamente e a fazer xixi. O anti-gad deu ela estava com 79 por cento de funcionamento. (fiz este exame na Lilian e Ariela porque no começo a glicemia delas só subia quando elas comiam, em jejum dava normal).

A Ariela passou a tomar o glimiperida também não sei por quanto tempo, espero que se prolongue.

 Quando descobrimos o diabetes da Sofia, o pai não se conformava ate hoje ele tem certa resistência sobre isso, eu procurei saber ao Maximo que pude e comecei a estudar como se fazia a contagem de carboidrato, porque na minha cidade não tinha nutricionista que fazia, e o endócrino também não conhecia muito bem como funcionava, procurei tudo o que podia sobre a contagem.

O ano passado conseguiu leva- La a uma nutricionista que faz a contagem.  Desde o primeiro dia o medico disse para nos, não trate a Sofia como uma pessoa doente não a trate como uma pessoa diferente ela só tem que ter um controle e tomar a insulina, pois se vocês protegê-la ela começara a usar o diabetes como desculpa para tudo, e jogue limpo com ela apesar dela só tem 2 anos, se explicar o que ela tem e como funciona o tratamento ela entendera.

 E foi o que fizemos, não escondi que elas são diabético não, aceito ter do porque elas tomam insulina, elas tomam insulina perto dos outros, se alguém pergunta se doem elas respondem “só um pouquinho”, se oferecem balas na escola doce ou qualquer outra coisa que elas guardam na mochila para me mostrar se podem comer. Não restrinjo as minhas filhas de irem a festas, pois elas podem comer brigadeiros e bolo e aplico a humalog assim não se sentem diferente das outras crianças. 

Mas agente tem que ter muita força para dizer não na hora certa, por exemplo, “mãe posso comer mais um pedaço de bolo”, não minha você já comeu a mamãe vai levar para vocês e amanha a hora que puder eu te dou.

Vai pedir de novo vai, mas tem que ser forte e explicar isso que te faz mal. Eu optei em ficar na porta da escola (não dentro, pois estaria invadindo o espaço delas), pois as pessoas não entendem o que e o diabetes e não tem interesse de saber como funciona, para evitar que elas fossem para o hospital desnecessariamente.

Uma única vez que deixei a Sofia para um teste ver se eles davam conta de socorrê -la a glicemia dela foi a 30 ela quase caiu da escada. A diretora com a professora foi parar no hospital com a pressão alta de vê-la passar mal. Olha que todos os anos eu dou aquela cartilha explicando o que e o diabetes. Então fico na porta faço meu artesanato, minhas filhas tem uma qualidade escolar melhor com minha monitorização.

E acho que temos que agradecer a cada dia por nossos filhos serem apenas diabéticos, ter a insulina o aparelho para medir a glicemia. Pois nossos doces são crianças saudáveis, fortes e muito abençoadas por Deus.

Minha mãe me ajuda muito ela e uma peça fundamental em tudo.

MUITO OBRIGADA DEUS, PELAS MINHAS 3 DM1.


Lindas suas Meninas!!!!

Saúde, Paz e Felicidade a vocês!!!!




Por Regiany Magalhães de Muzambinho.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

DIA DAS MAMÃES" PÂNCREAS"

Está chegando!!!

Para muitos mais um dia para movimentar o comércio, mas o Dias das Mães está chegando.

E o blog Meu filho tipo 1 estará homenageando as mamães que tem 3, 2, 1 filhos diabéticos com postagens
e assim compartilhar as experiências de cada mamãe.

Tenho 1 filho diabético e sei exatamente a rotina frenética que acontece aqui em casa.

Como será na casa das mamães de quem tem 3, e na de quem tem 2 e na de quem tem 1?

Algumas queridas mamães vão enviar como foi o diagnóstico, como está a rotina e o que esperam do futuro e assim partilhar com todos vocês.

Sempre na ativa!
Parabéns a todas as mamães desde já por serem o pâncreas do filho de vocês!!!

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Meu Filho Tipo 1 - Monitorar, Educar e Informar: Por que optamos pelo TESTE DRIVE da Bomba?

Meu Filho Tipo 1 - Monitorar, Educar e Informar: Por que optamos pelo TESTE DRIVE da Bomba?: Olha que falha! Ainda não havia postado como foi que decidimos junto a médica, testar a bomba. Então vou contar tudo! :) Nosso tr...

Por que optamos pelo TESTE DRIVE da Bomba?

Olha que falha!


Ainda não havia postado como foi que decidimos junto a médica, testar a bomba. Então vou contar tudo! :)

Nosso tratamento após o diagnóstico com NPH, e um mês começamos com a Detemir ( Levemir) e Humalog Lispro, assim usamos por quase dois anos. Uma aplicação matinal e uma a noite.

A médica que nos acompanhava optava pelo esquema com uso de muito mais insulina basal do que com bolus com ultra- rápida.

Minhas dificuldades com esse tratamento era fazer ele comer a quantidade de carboidratos necessários para que não apresentasse hipoglicemia antes da próxima alimentação.

Era um estresse para mim, para ele, para os familiares que acompanhavam. Não gosto nem de lembrar.
Tinha que entupí-lo de comida para não apresentar hipoglicemia, sempre questionava a médica a respeito, ela era a favor de ter hipos leves, a ter hiper leves. Eu ainda dizia que alimentava a insulina e não ele.

E quando apresentava glicemia baixa antes de entrar a madrugada? Era um Deus nos acuda, fazê-lo comer. Um dos propósitos ainda de usar a Determir, foi que a ação dela era de 20 horas no Enzo, portanto eu sabia que a noite a dosagem seria muito menor e o risco de hipoglicemia noturna ficava diminuído. 

Saí da última consulta já com uma indicação o para entrar em contato com a representante de uma bomba de insulina, pois a doutora gostaria de mudar a insulina basal para Lanthus e eu, não quis, pois a Lanthus tem duração de 24 horas, e acreditava que na madrugada poderia ter muito mais episódios de hipo, a terapia do Enzo estava em torno de 1UI/kg, e como fazer comer na madrugada. 

A nossa nutricionista deu o maior apoio para buscar o teste drive. As dosagens mínimas que o tratamento apresenta seria essencial para o Enzo.

Passo sozinha com o Enzo a maior parte da semana, pois o Bráulio trabalha com representação e viaja a semana toda. A minha insegurança da madrugada estava aí.

Com isso coloquei uma pergunta num grupo do face... O que é melhor ter hiperglicemia leve ou hiperglicemia leve numa criança de 3 anos???

E as respostas entre as mães mais experientes foi, ter hiperglicemia leve, mas tentando estar na meta estipulada pela idade no resultado da hemoglobina glicada. Certo! Contudo que eu tinha de informaçoes, também pensava assim, com a hemoglobina na casa dos 8% estava dentro da faixa da SBD
Diabetes Ebook - Esquema de Insulinizacao .Utilizávamos basal-bolus com contagem de carboidratos, mas era corrigir com a ultra rápida, a hipoglicemia aparecia. Pois o mínimo que a caneta de aplicaçãoo fazia era de 0,5 unidade.

Nessa postagem dois médicos colocarão suas opiniões  em ralação a minha dúvida e ambos foram enfáticos ao dizer que nesse contexto, o menos pior, hiperglicemias leves. E um deles o  Dr Edgard Niclewicz sugeriu que eu fosse até Curitiba no Centro de Diabetes e fizesse uma consulta para conhecer mais sobre a Bomba de infusão de Insulina. E assim fizemos, ligamos e agendamos uma consulta com o Dr Mauro Scharf em Curitiba.

Gente, desde o início do diagnóstico, nos foi proposto o uso da Bomba... mas eu não me sentia segura, em relação a tudo, ainda, para fazer o teste drive. É sabido que a bomba de infusão é um dos melhores recursos para crianças pequenas Indicações da Terapia com Bomba de Insulina e nós nos encaixávamos perfeitamente.

Enfim, fomos à consulta, o Dr Mauro ouviu tudo que nós tinhamos para dizer, viu o tratamento, sugeriu uma nova forma de fazê-lo, entendeu nossa rotina e meus propósitos e nos deixou a par do que se tem em bomba de insulina no Brasil. Nos explicou sobre uma bomba com sensor para verificação de glicemia, que no caso, poderia ser mais eficaz para o Enzo. E nos repassou as informações da outra bomba com todas suas peculiadridades do glicosimetro. O que eu mais gostei... foi, "o tratamento com bomba infusora, será infinitamente mais tranquila para vocês, pais, durante 7 dias de teste drive vão se perguntar porque fomos tentar, mas a partir disso, vocês vão começar a se preocupar em quando terão que devolver e voltar a terapia antiga; mas quem terá que carregar, cuidar, se preocupar, mostrar, viver acoplado a algo, será esse carinha" apontando para o Enzo. Nos indicou ir numa farmácia onde havia amostra das duas bombas e depois enviar um email para que ele fizesse o pedido a marca que nós quiséssemos testar.

E assim fizemos, decidimos testar a Bomba da Roche com o diferencial do Smart Control, que faz todos os cálculos para a quantidade de carboidrato, mais a meta da glicemia para o envio da insulina. Em trinta dias chegou o teste drive.

Fomos mostrando alguns videos da colocação da cânula ( pelo barulho que o aplicador faz, e pelo medo do diferente), que a Nicole tem no blog Minha filha Diabética.

Quando a educadora chegou, ela nos explicou tudo, deixei a filmadora gravando, para que depois pudéssemos tirar dúvidas que naquele momento "ansiedade" pudéssemos esquecer. E enfim a colocação da cânula aconteceu. Esse vídeo aqui, mostra a colocação da cânula em outro momento, ainda não usávamos a pomada anestésica.

Depois disso o dia foi tranquilo, ele pulou, brincou e claro fez a primeira hipoglicemia. Dormiu e assim que acordou no dia seguinte, se assustou com tudo, tentou arrancar, gritava e nós lembramos ele que a bomba era a nova amiga, e conseguimos acalmá-lo. Antes de dormir, acredito que tanto que ficamos perguntando "filho tá tudo bem"? "filho cuidado com a bomba"! ele pegava e jogava ela longe do corpo e víamos repuxar a barriga.. sabe... e deixamos.. avisamos que se saísse dessa forma iria doer, poderia machucar, decidimos ele conhecer as próprias dores.


Após dois dias, eu tinha outro filho em casa, mais tranquilo, mais calmo, tolerante a insulina basal diminuiu de 14 Ui para 6Ui, já notei uma fome maior dele, não precisei ficar "enfiando"comida, na minha cabeça essa era a quantidade correta da insulina e entrou a maior quantidade no valor da insulina do bolus.

Fora que, desligar a bomba, deixar sem insulina é possível. Numa virose, numa crise de vômito. Ou diminuir a quantidade de insulina a ser infundida por quanto tempo for necessário. Aumentar para doenças com febre.

Ir dormir com a glicemia em 150mg/dl, diminuíamos a porcentagem da dose temporária basal e ele ainda acordar com 150mg/dl, sem ter que dar comida na madruga.... era isso que nós precisávamos. E a bomba atingiu todos os nossos objetivos, inclusive virar a melhor amiga do Enzo!!!

E foi o que o Dr disse, quando passou uma semana o desespero bateu, pois não conseguiríamos aumentar o teste drive e deveríamos entrar pela justiça, pois não conseguiríamos comprar e manter o tratamento.



Muitas mamães me ajudaram nesse tempo todo, muitas... a Nicole, Ana Cláudia, Silva, Sarah, Edilaine, Renata, Cintia, muitas mesmo, em tudo, como fazer para entrar em processo, como fazer para melhorar as trocas, usar anestésico local, várias dicas preciosas que a prática mostra.

O nosso teste drive foi decisivo para saber a melhor terapia no momento para o Enzo, ele se adaptou muito bem ao tratamento, e quando devolvemos a bomba e voltamos às canetas, já com a quantidade de basal reduzida, ele pedia todos os dias a amiga bomba de insulina.


Conversem sempre com os médicos, com pessoas que possam entender o tratamento diferenciado e individual de cada indivíduo, isso fez a grande diferença na nossa vida.

Beijos


domingo, 9 de fevereiro de 2014

Episódio do Desenho Caillou e Emma - A Dieta Especial

" Eu, tenho só quatro anos".... é a musiquinha de entrada do desenho Caillou!

Aqui em casa esse já foi o desenho preferido, já tinha assistido pelo Discovery Kids, e levei um susto quando escutei a Emma dizer... "eu tenho diabetes"... isso me puxou para o sofá, mas com o Enzo ainda muito pequeno, não consegui assistir o episódio inteiro.

Vi essa série do desenho tempo depois pela Netflix, onde consegui gravar, caseiramente, o vídeo para compartilhar.

Levei na escola (assim que ele começou a frequentar), compartilhei em alguns grupos do facebook, e agora está aqui no blog!

Porque gosto desse vídeo? É uma abordagem totalmente infantil.


Nesse ano, estamos com nova turma, nova professora, nova sala..... enquanto eu estava na sala de aula acompanhando a primeira semana do Enzo, ele teve uma hipoglicemia e precisou lanchar meia hora antes dos amigos, e vários "também quiseram" esses foram os novos amigos, e eu a professora nos atrapalhamos para explicar numa linguagem infantil.....

Não gosto da referência "dodói", "doentinho".... enfim... mas ainda não sei como lidar. No momento usei o termo "disfunção".

Então essa semana vai o vídeo para a professora repassar na sala.

Acredito que tudo deva acontecer naturalmente sem tantas observações negativas ou positivas.... deixar o barco seguir....

segue o link do vídeo aqui  A Dieta de Emma - Episódio do Caillou

Fernanda